domingo, 24 de junho de 2007

Planar...


Vieste suavemente planando
Entraste em tom brando,
Ecoava em fundo um jazz contemporâneo
Um vinho respirava em cima do piano

Não me abrandaste o ímpeto de te querer
Não fizeste um gesto quando te despi para te ter
Não quebraste o silêncio quando tocava a balada do prazer

Não me paraste quando te beijei o peito
Não me negaste quando te apertei contra o canto
Fizemos do chão o manto
Do nosso Amor e outro tanto

Abriste te em flor
Tocaste as notas do amor
Foi um misto, o prazer e a dor

Brotaram lágrimas por finalmente te ter
Ver a tua silhueta esbater
Em contraste com o amanhecer


Na parede do quarto escorria o suor
Já não havia mais pudor
Parei o tempo, podia até morrer

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